Livre espaço
da palavra
segunda-feira, 24 de abril de 2017
bilhete adolescente
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Eu sou uma cama bagunçada.
Eu sou um amor mal resolvido.
sou muita vontade para pouca coragem.
Eu sou uma estrada.Eu sou uma risada perdida.
Eu sou o vinho seco.
sou banho quente com vela vermelha.
Eu sou um incenso.
Eu sou um troca troca de roupas( de faces, de opiniões. de desejos)
Eu sou uma solidão em meio aos homens,
sou muito avesso para pouca pessoa.
sou tanto avesso que quero desvirar.
Eu sou um aquário vazio cheio de ar.
mesmo que as vezes me falte
o ar.
domingo, 9 de outubro de 2016
Relato sem fundamento no domingo.
Sabe, aquela jaqueta, aquele menino,aquele sorriso. Nunca imaginei que moda me fizesse sentir algo assim.
domingo, 2 de outubro de 2016
Quer café comigo?
Beijamos.
Somos peças de um quebra-cabeça, te reinvento e moldo a todo momento. Uso as cores que mais gosto: você projetado num filme. É como ser desafiada a descobrir algo oculto, uma história de livro, um mistério. Insisto, pois ainda quero ler. Talvez, seja algo como o amor, mas não devo definir o que eu não sei.
domingo, 22 de maio de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
14:21
O tempo é dono das leis do mundo. Um dono miúdo, um dono menino. Estamos sujeitos às suas indagações. Sabido e traquinas brinca com os deuses. O tempo tem a bisbilhotice dos olhos do menino. A loucura da mente do menino. O ardor do corpo do menino. O absurdo dos desejos do menino. A simplicidade do sorriso do menino. O mistério do coração do menino. O tempo é inteiramente menino. Na praça, na escola, na cama, no colo, no peito, em si. Jamais o tento captar, pois alem de menino é vento. Por vezes brisa, noutras tufão. Além de menino é água. Por vezes lagoa, noutras redemoinho. Além de menino é terra. Por vezes fértil, noutras secura. Não se pega, se perde e gasta. O dono singelo das coisas e não coisas, escrito pela ciência como relativo. Como medir quanto tempo dura o tempo? Caberia no ponteiro de relógio? Todos esses segundos desperdiçados em palavras podem ser me cobrados, caríssimos. Como medir o valor do tempo? Compro em balas? Menino, criança, gigante que passa deixando marcas, vá com calma, não corra na beira da estrada, há perigo logo ali e você é jovem. Deixe-me saborear suas brincadeiras e seja meu anjo. Pegue o giz e desenhe meu caminho até o céu. Menino, desta janela do oitavo andar, o admiro. E só quer saber de olhar saias de raparigas, jogar pipoca aos pombos, assustar os velhos, fazer tropeçar os casais. É um dono bagunceiro que revira nossa vida só para organiza-la depois. E depois de depois, desarranja as peças. O tempo faz do homem eterno quebra-cabeça.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Acorde maior
Adoro encontros.
No encontro o saboroso é o primeiro abraço que se dá.
Às vezes dá vontade de ficar dentro dele por meses, morar nele ou vesti-lo em dias frios de julho como um casaco quente feito à mão. Por isso adoro.
Aposto o oposto.
Não prometo porque não cumpro, mas me desafio.
Reviro ao contrário o avesso, enlouqueço, e no fim canto o refrão.
A letra completa inspira a memória fraca pra idade.
A saudade me amedronta.
A vontade me encoraja.
A verdade me recusa.
A solidão me acalma.
Estar só e não incompleta!
Estar só pensando.
Há abstrações que levo comigo: o que digo.
Sou abstração.
Amo sol morrendo, milho, cogumelo na comida...qual é mesmo o ritmo?
Marcho pra fazer paz e não curto quem morre em vida.
Curto o longo e prolongo o curto.
Posso dizer: venha cá, amor, só não se enrosque no pescoço.
Não sou romântica, obrigada.
Mas,
mesmo sem fama, meu canto
encanta.
Basta querer ouvir.
E bem de perto.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Infração
Não fiz mais poemas desde que me mudei para a cidade grande.
Confesso, dia desses, tentei.
Mas o poema colou na traseira, buzinou, buzinou, e aos berros,
me ultrapassou pela direita.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
O ciclo
Da poltrona 17 ouço a primeira voz trêmula e triste suavemente noticiar ao telefone: a Estelinha; hoje a tarde; sim, estava no respirador; vou colocá-la junto com mamãe.
Interrompi a leitura enquanto a segunda voz radiante e firme anunciava também em seu aparelho móvel: Sérgio! A Claúdia! São gêmeos!
Uma inquietude morou em mim. Pensei até doer os ossos do crânio, mas esta história não é sobre mim ou meus pensamentos. Nem sobre Estelinha, Sérgio, Cláudia, os gêmeos, as vozes, a poltrona 17. Desejo não poluir as reflexões do meu leitor com minha próprias. Se me estender em qualquer palavra roubo a beleza desta breve história. Opto por termina-la sem conclusão.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Tudo
Mais.
O pássaro de asas brancas que plana sobre seus olhos.
Repousa e invade e renasce disforme.
Quem o toca?
O amor é brisa de domingo
A chama do fogão.
É pontual e surpreendente.
Uma paz ou uma guerra.
Aquele pássaro de asas brancas que plana sobre seus olhos.
( mas você não o vê)
Aquela pedra que você tropeça com pressa.
(e reclama)
Somos todos.
Ele anda por aí disfarçado de coisas e gente.
Aquela flor entre tantas outras também é o amor.
O piano que me acaricia doce é o amor.
A roda do mundo é o tal.
O pássaro de asas brancas que plana sobre seus olhos e a pedra que você tropeça com pressa.
Silêncio.
Atrás da cortina, embaixo da cama.
Escondido, o amor transcende.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
23 e 4 meses
ainda sobre perder-s(onhos)e
Logo que perdi o endereço, perdi a força,
o caminho,
a vontade,
as pernas.
Ali,
parei.
Se bem que meus sonhos ainda acreditam em mim.
E ainda bem que acreditam.
Eles me acharam!
segunda-feira, 25 de março de 2013
Avô
Vi uma nuvem em cores no céu.
Ouvi boatos: lá mora um anjo de olhos brilhantes e todo 25 de março ele renasce. E renasce também uma saudade bonita e apertada nos corações que um dia receberam sua benção.
Avô, em três simples letrinhas cabe o maior sentimento do mundo,o tal do amor.
quarta-feira, 20 de março de 2013
o manto
Faz frio no Rio e um coração está ferido.
A tristeza é o manto.
Faz frio e ainda é quarta.
Ainda é quarta. Tenho olheiras. Não descanso.Um dia triste nos envelhece anos.
Sexta, não esqueça as flores
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
Nosso amor estava escrito?
Começar com um ponto final me dói inteira.
Questiono as estrelas. Talvez elas não saibam tanto quanto contam na última página do jornal de domingo. E talvez prever o futuro seja escolher o próprio caminho. Pois destino também é escolha. Temos o mesmo céu, mas você é estrela e eu, pássaro. Você sol, eu vento. Eu, aquário; você, leão. Nas idas e vindas de uma estrada nossa dimensão se perdeu. Vá saber quem desfez nosso nó ou se foi desfeito. "Existe amor sem dor? Dizem que a paixão dura três anos". Se assim for, hei de sofrer por um tempo, broto. O vinho ainda corre nas minhas veias.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Carta um
Cai o céu no Rio e lembro nossa conversa sobre borboletas amarelas e andorinhas voando baixo (devem ter passado por aqui). Estou certa? Faz mais de ano e sabemos a minha doce mania de esquecimento. Chove um pouco aqui dentro do quarto e de mim (Buba insistiu para escrever isso). Há tempos queríamos contar as novidades. Sim, mudei para capital, minto, para a cidade vizinha, e não, não gosto dela. O trânsito é péssimo, a rua cheira peixe e não tenho onde guardar as roupas. O dia realmente está branco e cinza. Encontrei um par, mando-lhe fotos. A faculdade, uma novela. Hoje vou ao centro carioca ouvir boa música e espero que a chuva não me desanime. Não tive bons dias, estou vazia, com saudade, transbordando em pensamentos. Sinto falta de você me levar para casa ou ir a Penedo comer truta na beira da cachoeira. Sinto falta de você me contando coisas além da vida, dos planos e viagens, quando eu podia me esquecer. Contudo, não me responda. A carta é uma vontade egoísta de desabafo, prefiro manter a projeção criada. Queria o silêncio que tínhamos e tanto era incomodo. Queria um conselho de quem amou demais e perdeu tudo. Você sempre foi forte. Queria o jeito bom de ser amigo, e queria, como sempre, ter 12 anos.
Preciso mudar de casa e corpo e alma para um abrigo mais leve. Desconheço-me há dias. Estou sofrendo, perdi vontades, não sei se amo, não amo, amo, não, não sei, e dói amar.
Fico aqui mais seis meses, no mínimo. Venha me visitar! Podemos ir ao Corcovado e Copa, faz bem distrair a cabeça. Traga também Gustavo e os meninos, eles são ótimos, divertidos. Passo pela sua cidade linda quando for a Inhotim e tomamos um cappuccino com pão-de-queijo, boa? Parou a chuva, o sol vem tímido. Está abafado no Rio e não vejo o Cristo, tem muita nuvem.
Buba manda beijos e promete cuidar de mim.
(ele precisa de um banho e eu, de paz).
Mariana.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Quebra
[julguem-me]
Este é o respeito.
Que também é o ar e o chão.
Sem ele, o amor não respira; não caminha.
O amor constrói e destrói.
Só o respeito sustenta.
domingo, 2 de setembro de 2012
" Solidão
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância! Solidão é muito mais do que isto...SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
transformação
subo nua a rua
fumo uma droga
tatuo o corpo todo
planto flor no asfalto
só uso batom vermelho
e de amarelo pinto a casa
viro índio da Amazônia
nasço um passarinho
mudo pra Trindade
vivo por poesia
conheço a lua
fico louca
ao fim desse dia
quem sabe salvo o mundo ou dele me salvo?
quem sabe apenas durmo?
[tenho dormido todos estes anos]
talvez eu sobreviva a mim
não por ser água mansa
mas por ser a própria guerra.
terça-feira, 24 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Melancolia
Eu não era dona desta fraqueza. Não sentia falta de ar, a não ser quando gargalhava até doer os ossos.
Não sei onde pus meu brilho. Teria sido furtado por estrelas? Teria sido eu uma estrela que se apagara? Sinto uma imensa saudade de mim. Do tempo em que eu vivia sem vergonha e me coroava corajosa. Tenho medo de não ter ido apenas embora. Tenho medo de ter me assassinado. Preciso de outras asas, outros navios, outras armas. Estou parda. Estou farta. Sem farda.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
mulheres.
- Quer?
- Não gosto do seu café.
- O que há de errado com meu café?
- Sem um grama de açúcar.
- Mas se nunca provar do amargo, como reconhecer o doce?
- Eu não estou falando da vida, querido.
- Eu também não estava.
- E pra quê amargar mais a vida que já está amarga por si?
- Amor, eu não estava falando da vida.
- Ou eu quem estou amargando tudo o que vejo?
- Querida.
- Talvez eu seja um café seu. Isso, só posso ser um café seu.
- Amor,acho...
- Deste, bem preto e puro e ah, amargo.
- Acho melhor você não beber isso.
- Acha?
- Você precisa de algo bem doce.
- Preciso?
- Que tal um chocolate bem quente?Faço para nós.
- Ah, já que você diz.
terça-feira, 1 de maio de 2012
(en)canto
o mundo acontece.
Só eu me esqueço.
No canto quente
do quarto quente
do corpo quente,
o coração frio
não sente.
Tento.
Sente-se.
Enquanto num canto
qualquer do mundo
me deito.
Espero.
Dói a morte,
espera infinita
de quem em seu canto
já se perdeu.
domingo, 25 de março de 2012
Vô de volta.
Hoje eu troco meu samba, sal e sol por sua
mão.
Hoje troco estrela, risada, besteira, filme, pipoca
e até namoro por seu olhar.
Estou trocando minha poesia, meu café, meu pôr-do-sol.
Dispenso a flor, o amarelo,
o vinho.
Macarrão e chocolate não me satisfazem, tenho fome do seu abraço.
Hoje eu troco o silêncio e toda paz que já conquistei
para ouvir uma única resposta com sua voz:
Deus a abençoe.
domingo, 11 de março de 2012
Fé
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Temos Carolina
E ainda que, por ordem de deuses, o homem fique mudo diante da morte, da fome e da guerra, temos uma chance. Uma única.
E mesmo quando a sombra do universo resfriar o coração do homem, se Carolina vier, encantada, aos passos saltitantes, haverá esperança. Juro. Sinta.Você precisa conhecê-la. Veste alegria e maturidade.
Eu a chamo Carolinda, pois através de seus olhos vejo tudo mais bonito.
Com amor,
para Carolina Vitola.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Latejo
e dela beber até a morte.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Liberdade
evolua a uma explosão rara.
Como conter a mente extemporânea?
Como invadir o coração poeta?
Palavra, coragem!
Já é tempo de voar.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
além.
"[...] estou procurando. Estou tentando entender." Mas eu paro e penso e logo descanso. O entendimento me consumiria; escolho viver, apenas,algo muito além.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Presságio
Dizem os astros:"Dezembro é mês de colheita. Não queira frutos grandes e saborosos se plantou sementes secas e tristes. Dezembro é mês de colheita. Mas não espere nascer margaridas de sementes de ervas daninhas."E eu, antes descrente, reli o mapa completo para reconhecer o caminho que fizera até aqui, ao nada; a um lugar do qual a maior vontade é não estar ou voltar. E eu, antes a julgar posição de sol e lua mero clichê de data, passei a realizar simpatias, tomar banho com essências e sais, e apelar para as estrelas, estas luzes consideravelmente distantes no céu. Tão distantes quanto eu mesma de mim, segundo previsões de todo o Dezembro.O que me resta é fazer oferendas para que Janeiro venha exibindo alegres asas, e enfim me liberte deste aquário, com vida. Aquarianos tem destas confusões, me informei: ás vezes bebe da água, ás vezes se banha, noutras molha terceiros, noutras mergulha e se afoga.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Amor e seu tempo
Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existevalendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
De confusões e vícios
-Ai, que vontade, ai. Insistia o pensamento, os lábios, e o corpo no vício.
Fizera as contas da noite e podia prever as conseqüências do quebra-cabeça de erros que cometeria se envolvendo nesse embrulho misterioso que a paixão estava oferecendo, ali de braços e mãos nuas. Nunca fora boa nessas coisas: tudo ia bem e ela desaparecia do mundo. Nenhum telefonema, e-mail, carta, sinal de fumaça. Em seguida cobria-se de uma solidão civilizada, companheira e até conselheira, que se acomodava no lugar do livro de cabeceira, ao lado do copo d água, de onde poderia acariciar seu sono. E assim acontecia, sem novidade alguma. Tudo ia bem e ela estragava. Fidelidade e ela estragava. Romantismo e ela. Bom gosto e ela. Mas desta vez, uma assombração surgia na paixão, além de um instinto sobre a vitalidade e rigor daquela vitamina. Um sentimento bastante distinto dos outros pequenos e estúpidos que costumava sentir, os passatempos, pirulitos de criança, novelas de avó e piadas de palhaço. Esse novo vinha com cara de medo, pernas de entusiasmo, mãos de expectativa, corpo de fidúcia, mas muitas desconfianças pintas na pele. Era um ser-sentimento monstruoso. E o leitor pode sonhar com ele ao dormir, caso tente visualizá-lo. Parecia um abismo desafiador: dor no salto, prazer na queda, decepção no fim.
- Estou fazendo de novo, de novo. Paixões, vontades, problemas, criando problemas. Lembrou de dona Mariana, mulher vivida, falando algo sobre ser preciso cautela e astúcia, encarar um amor com igualdades, nada de opostos se atraem, mas sim os dispostos...e palavras e palavras tremidas. E agora, como será? Como será se somos diferentes? Sentia um peso nos pés de quem traz consigo uma montanha de incertezas. Mas “o amor faz as igualdades, não as procura”. Talvez dona Mariana apenas pense diferente, mesmo não tendo as cartas verdadeiras do jogo. Oh, do que estamos falando? Amor é assunto de próximos capítulos, por favor, acabamos de começar.
-Não sei se me jogo ou contenho. Cutucava a cuca. Calou-se em luto por sua psicose. Já passava das onze e estava esfriando. Sabia que mais cedo ou mais tarde iria lançar a sorte. Jogar como dardos si mesma e pimba, vamos ver o que virá. Viesse o que viesse, enfrentaria. Assim como tudo, mesmo afrouxando a base. Se fosse para ficar, que ficasse da melhor maneira e doaria sua alma. Se fosse para passar, que passasse da melhor maneira e doeria sua alma, mas não tanto a ponto de matar. De melancolia também vivem grandes personalidades e incríveis idéias nascem do pesar. Já passava das onze, o amanhã seria ainda quarta-feira, agenda cheia. Anna precisava dormir por 48 horas seguidas, sem exagero, mas antes de tudo, só queria um cigarro para relaxar.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Em gotas
domingo, 20 de novembro de 2011
Sambrasil
na roda desse samba
uma mulata
a Bahia
era Brasil parindo brasileiro
pra fazer realejo
e amaralina ficou azul
confundindo-se com o céu
conto romântico de tetravô
hoje é engraçado de se crer
que não é gaita não senhô
muito é de cor
forte e suada
sangra escuro
energia moral
Berro na alma:
é mais preto que noite de lua preguiçosa.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O maior desejo
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
oirbós
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Amanhã às 19, às 19 horas
quarta-feira, 6 de julho de 2011
É hoje
Paraty torna-se cidade-livro. Com magia nos muros, palavras nas janelas, histórias nos telhados, heróis, vilões e gente como a gente perambulando entre suas páginas-ruelas. É a FLIP 2011 que abre suas portas sem pedir senha. É preciso apenas sonhar para entrar. É preciso apenas compor esta cidade-livro. É preciso ser como uma palavra que vive solta por aí.
sábado, 2 de julho de 2011
Acredite.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
quero agora
sábado, 18 de junho de 2011
A cara dos meninos Brasis
Parênteses
(As pessoas me surpreendem. Hoje falo daqueles que pisam na grama. Não pelo fato rotineiro de pisar na grama, nem que a grama mereça ser pisada, ou que pisar na grama seja um erro imperdoável, e ainda que não pisar na grama seja uma atitude extraordinária. O incômodo surge do desejo inexorável destas pessoas de estar contra-corrente, desconsiderando direção, objetivo e velocidade da mesma. "Não pise na grama". Elas pisam. "Pise na grama"."- Ah, não piso de jeito nenhum".Vou fazer campanha, já resolvi. Pinto nos muros de toda cidade: apareçam, apareçam, apareçam.Talvez assim elas sumam de vez. E a humanidade preservada de cabeça aberta tenha mais espaço para pensar por aí).
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O segredo da sedução
Cuide bem da sua casa e de seus pertences. Seja bem humorada e sociável. Tenha um "corpão violão". Acorde bela por dentro, e se conseguir, por fora. Mas esforce-se, pois é possível. Se nas novelas elas conseguem, por que com você seria diferente? Não olhe para o lado ao acordar, corra desesperadamente para o espelho. Olhe cada detalhe. A primeira pessoa a lhe ver no dia deve ser você mesma, para retirar aquela remela e aquele bafo que você, você, não, você não tem. Seja curiosa e esperta, sem exageros. Leia pouco, mas fale bem. Leia jornais, leia revistas, não as de beleza, claro. São perda de tempo, assim como os salões de beleza e as academias, você não precisa deles para estar belíssima o tempo todo, com unhas feitas e cabelo escovado, afinal, unhas e cabelos arrumam-se naturalmente, não é? Leia receitas, faça o melhor que puder na cozinha. Pratos sofisticados e deliciosos, sem se esquecer de deixar tudo limpo depois. Seja inteligente, mas não muito inteligente. E se esse for seu caso, não desanime, finja às vezes que ele (o objeto de sua sedução) disse algo inusitado e brilhante, faça uma expressão de "oh, incrível". Congele nela, até ele perceber. Neste momento você será considerada muito sexy, talvez a mais sexy do mundo. Filhos? Não tenha. Se tiver, mantenha-os com dentes escovados, cabelos lavados (sem piolho), nada de rebeldia, tarefas escolares prontas (aquelas mesmas tarefas que a fizeram sentar ao lado do filho após um dia cansativo e estressante de trabalho, no qual a nossa sobrevivente, ou seja, você, já levou bronca do chefe, fez o jantar, foi ao mercado, ao banco, ouviu uma grande amiga desabafar no telefone sobre o safado cachorro sem vergonha do namorado, passou roupa, tudo isso linda, e tomou um banho de 2 minutos. É, aquelas mesmas tarefas como a matemática que você não lembra, a fizeram sentar-se linda no fim do dia ao lado do filho e ajudá-lo com muito o amor e paciência). Atenção, o mais importante: ame, idolatre, vanglorie futebol e saiba o nome de todos os jogadores de todos os times do mundo. Isso é importantíssimo. Mas, por favor, nada de perfeição, pois a sedução se tornará sem sal. Estatísticas de programas de namoro e sites cupidos revelam que a maioria dos homens não quer uma mulher perfeita. (Sério? Que pena).
Lembre-se, grande parte dos homens não gosta de ter trabalho. Portanto, uma mulher pronta é muito mais atraente.
Se você é homem pare de ler por aqui. Se você é mulher, prossiga.
(Se você é homem e prosseguiu, procure um analista para o controle de curiosidade. Estou avisando para interromper a leitura).
(Certo, eu avisei, mas você insistiu).
Cá entre nós, garota, não siga o que eu disse acima. Sua sedução não durará muito tempo. Eles cansam e vão embora. O ideal é que cuide de si mesma, o resto é conseqüência. Seja realizada e independente. Respeite-se, compreenda-se, ponha-se no seu lugar. O verdadeiro segredo da sedução é amar-se sem vergonha. Sempre haverá um par menos preguiçoso e machista nesse mundo, disposto a aprender com você, bem embrulhado numa produção única, exata para suas necessidades. E por fim, seduza a si mesma. Mantenha-se viva. Viver a dor e a delícia de ser o que é a cada dia. Viver ser mulher. Viva ser mulher, viva!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Se correr o bicho pega, se ficar...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Todo o tempo
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Ousadia furtiva
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
É como fruta
O que é a paixão senão um sentimento incontrolável? Por ela se ri, chora, faz, vive. Num só momento em desespero, num de repente, num minuto cheio de pressa.O amor? Eis uns dos mais racionais. Por ele se ri, chora, faz, vive. A qualquer momento numa cautela ímpar, por muito tempo, numa vida inteira cheia de calma.A diferença entre apaixonar-se e amar é uma simples questão de amadurecimento.
domingo, 8 de maio de 2011
aconchego de dois
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Pranto e prato
sábado, 9 de abril de 2011
no meu tempo
Marcamos um encontro
eu e os velhos versos
era a saudade desmedida do que fomos um dia
a bela dupla
provei palavras
entendi os temperos
e cada letra tinha um gosto de mofo
meio acerbo como prato dormido de geladeira
notei o quanto pequei com os velhos versos
nenhuma rima
nenhuma meia rima
um rim um ri um r
nada
Posso até costurar ar e ar
ou casar éu com éu
evitando o segundo deslize
mas pensando bem
faça rica ou faça pobre
não nasci pra esses lances
minha poesia tem meu tempo
e sou um tanto contemporânea
domingo, 3 de abril de 2011
Boas novas
quarta-feira, 23 de março de 2011
sem aspecto
terça-feira, 22 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
...com saudade do tempo que vivia
quarta-feira, 2 de março de 2011
Do amor
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
De novo.
Lá vamos nós com o mundo na mala e a louca coragem na cuca.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sabedoria
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Adeus, doce ilusão!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Muito amarelo
Faça noite, faça chuva, faça cinza, faça sombra.De meia cor que não seja amarelo sua cor, descolorio pedacinho de medo que habitava em mim sobrequalquercoisa nova. Pintei seu reflexo amarelão emminha parede só para dormir ao seu lado amarelado. E,após o descanso mudo da quase morte noturna,poder despertar sorrindo um sorriso amareloque amarelará o mundo inteiro com minha alegriarara, cara, nua.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Não me entenda agora, nem depois ou depois
sábado, 25 de dezembro de 2010
Um pouco de luz nessa vida
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.
[Vinicius de Moraes]
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Desabafo 2:11
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Não se afobe não
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Em teu caminho...
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Ser definível é insuportável. E meus sinônimos, eu engulo todos no café da
manhã. É que dispenso a ideia de ser palavra complexa. Palavra complexa é
simplesmente palavra no dicionário. Não quero caber na minha bolha de plástico
ou no meu mundo de algodão, apesar de amá-los tanto. Não quero bastar-me a meu próprio corpo pequeno de sonhos imensos, muito menos em meus sonhos imensos minúsculos, insuficientes. O descansar de uma vírgula? A euforia da exclamação? A subjetividade de pergunta? Esqueci no fundo da gaveta com a poeira de anos. Às vezes a limpeza da casa é tal como uma nova esperança, às vezes é mero
passatempo. Num ponto final, não. Ainda tenho sede. Multiplicá-lo em três,
fantasiando-me reticências, não. Ainda tenho sede.
cubo mágico, caixa preta, vitrine de loja, neste texto estúpido, que nada disso me contenha, nunca.
jamais equilibrar no limite.Sem porquês, porque
Nem Freud.
Nem Jung.Eu quero ser para sempre o que ninguém explica.