sábado, 9 de abril de 2011

no meu tempo

Marcamos um encontro

eu e os velhos versos

era a saudade desmedida do que fomos um dia

a bela dupla


provei palavras

entendi os temperos

e cada letra tinha um gosto de mofo

meio acerbo como prato dormido de geladeira

notei o quanto pequei com os velhos versos

nenhuma rima

nenhuma meia rima

um rim um ri um r

nada


Posso até costurar ar e ar

ou casar éu com éu

evitando o segundo deslize

mas pensando bem

faça rica ou faça pobre

não nasci pra esses lances


minha poesia tem meu tempo

e sou um tanto contemporânea

Um comentário:

  1. [do tempo um momento, que se constrói, como do tijolo uma casa... a nossa, cá dentro]

    um imenso abraço, Mari

    Leonardo B.

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