sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tem muita água por todos os lados. Nos pés. Na cintura. No ombro. Nos olhos. Nos sonhos.
Estou sem fôlego. Sinto respirar fundo e nada adiantar. Nenhuma esperança entrar na alma.
Está chovendo uma chuva que cai rasgando e finca-me a pele e dissolve uma boa alegria antiga.
Na verdade, estou afundando em meio a esta tempestade. Você também está.
Sabe o que é, meu amigo?
Se você não remar, sozinho eu não consigo. Estamos juntos nesse barco, afundando. Não há quem nos salve. E, pelo jeito, mesmo que venham todos os socorros desse mundo, dispensaremos qualquer salvamento. Vamos afundar orgulhosos e morrer um para o outro,
em vida.
Para sempre.

Porque quando se quer, perder alguém é muito fácil.

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