sábado, 18 de junho de 2011

Parênteses



(As pessoas me surpreendem. Hoje falo daqueles que pisam na grama. Não pelo fato rotineiro de pisar na grama, nem que a grama mereça ser pisada, ou que pisar na grama seja um erro imperdoável, e ainda que não pisar na grama seja uma atitude extraordinária. O incômodo surge do desejo inexorável destas pessoas de estar contra-corrente, desconsiderando direção, objetivo e velocidade da mesma. "Não pise na grama". Elas pisam. "Pise na grama".
"- Ah, não piso de jeito nenhum".
Vou fazer campanha, já resolvi. Pinto nos muros de toda cidade: apareçam, apareçam, apareçam.
Talvez assim elas sumam de vez. E a humanidade preservada de cabeça aberta tenha mais espaço para pensar por aí).

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