A poluição dos dias
A pressa dos compromissos
A lama das almas
A invenção do desespero
Os olhos que não se olham
Os pés de pisadas rudes
Os sonhos adormecidos
Os meses atropelados de choro
A instabilidade no sentimento
A rosa murcha por falta d'água
A mão cruel da impaciência
A invasão do que não é meu
Tudo, nesta cidade, nesta vida, nesta hora, levou o tempo de mim.
E fico a conversar com os asfaltos e a observar as paredes sem pintura
Nunca vira tanto cinza num muro em cores
E fico com sede da tua poesia ímpar e intensa
Que falta me faz o tom teus versos...
compartilho um tanto disso.
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