quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quê.

Vivo disso.
Que não sei o que é.
Que não conheço a forma. o pote. o peso. a textura. o gosto.
Vivo disso vivendo dentro de mim.
E vivo dizendo que não sei o que é isso.
É disso que sou. Esse quê meio clichê e repetitivo. Que instantâneamente cospe um quê de novidade.

Em mim:
Quê, sem nome se embola.
Quê, sem definição se veste.
Quê, sem coragem se joga.
Quê, sem prisão se espaça.

E fico bem em frente ao espelho, mesmo esfumaçada a visão.
Sou um quê de coisas que não consigo descrever.
Um quê de tudo. e nada.

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