quinta-feira, 9 de setembro de 2010

You don’t know me, sou como tu és, desilusão

Três noites são definitivamente um vazio e
coisa nenhuma se conhece de alguém caminhando num mundo correndo, em três noites.

Não me determine. Não me
demarque.

Métodos. Complicações. Retrações. E por um momento já não sei mais de quem estás falando.

Quando provava teu cheiro podre e notava exalares uma fumaça viva, depressa apanhei meu guarda-chuva, vesti meu casaco, calcei os sapatos e parti.
Não era ali que deveríamos estar. Estava impossível escutar-te no
núcleo do vozerio. Somente via teus sinais. Bebias teu cigarro e fumavas tua bebida enquanto o entorno agitava. Envenenados de mediocridades, todos. Fumavas, bebias e eu não te ouvia. Nem me via. Música de melhor qualidade e o corpo clamando por chá sereno.

Quis ser outra em três noites. Outras. Uma em cada noite. Mas não fui nenhuma delas e não fui também a velha mesma de contínuo.
Então não fui ninguém. Permiti que tu me indagasses e indagasses, tendo a resposta nos lábios. Quem anda inteiramente pela metade nos últimos dias sou eu. Sou
também a casa da resposta. É que no meio do caminho, do nosso caminho, havia ela com a corrente, o cadeado e a chave na mão nos proibindo de
prosseguir. No meio do caminho havia eu mesma com medo de qualquer coisa nova como paixão.

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