segunda-feira, 30 de novembro de 2009

De tardinha

quando a paz de tardinha vem anunciar o despertar da noite, o último raio de sol insiste em invadir o quarto. Logo ele que é tão escuro ao meio-dia, de tardinha, tem os quatro cantos iluminados. No raio, a própria paz e uma saudade, curiosas , vêm rasgando o ar. E pintam, a saudade e a paz, paredes de lilás e grená.E beijam as fotografias nos porta-retratos, contornando os sorrisos que moram lá.E rodam flutuantes em piruetas formando laços finos nos enfeites da estante. Surge assim, um circo em festa com malabaristas a balançar no lustre e palhaços a equilibrar pilhas de livros. O céu revela a si três cores: laranja, rosa, branco. Enquanto a lua, põe-se a boiar transparente, bem lá longe, no infinito. Lá mesmo, aonde ninguém vai. Tudo é cenário. O raio ainda no quarto.Quiçá, fique assim para sempre: recheado de paz, saudade e cores no fim de tarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário