Já estava decidido que pararia. Parei foi nada.
Arrepiei quando vi a pequena tela azul acender sobre a estante. Então pensei, peguei, olhei...
Ficamos a olharmos-nos a tela, os números e eu. Aqueles números desconhecidos que pareciam provir de alguma cidadezinha longe demais da minha vida. Juro. Pensei em fingir não estar lá, pensei em transformar-me em um fantasma tímido ou algo parecido com o inexistente, para fugir de telefonemas, como sempre. Faltou coragem, e excedeu curiosidade. Quem será?
Foi um impulso, uma surpresa. Pensava em você e não minto. Onde já se viu inversão desse tipo?
Os livros na cama até vieram ouvir a conversa da qual certas palavras ainda não compreendi. Houve algum silêncio entre essas mesmas palavras. Mas não importa, pois ouvia sua voz, acariciando-me por ondas sonoras. Saboreei os meticulosos segundos, como faria com bons doces. boas notícias. bons ares. Não há tristeza que não passe quando me lembro de ti.
Hahahahahaha, assim eu ri. E (r)ri (m)eu.
Fez festa no meu coração. Ele sambou por trezentos e quatorze segundos sem parar, sem descanso. Não foi despedida, não. Pelo contrário. Foi uma agulhada de saudade. Pelo menos para mim.
Agora quero Replay com erre maiúsculo de...
Hahahahahaha.
Que festa!
Obrigada.
(oiràsrevinazilef)
Nenhum comentário:
Postar um comentário