Viajou por um ano reto.
Teve sono e dormiu metade do caminho.
Chegou, então, em um minuto.
Esqueceu o que fez e disse.
Comeu cru mesmo.
Foi tanto silêncio que deu até para ouvir o coração batendo forte.
Guardou algumas cartas, só não sabe onde.
Viajou por um ano de fotografias e amizades inteligentes.
Alguns beijos diferentes, alguns iguais.
Três dias para nascer e morrer amor.
Reviveu um passado.
Leu, leu, leu, escreveu.
Viajou por ano de dúvidas e escolhas ocultas,
Estudou de tudo para de tudo saber.
Lágrimas foram poucas,
Milagre! “Mi lágrimas poucas...”.
Quis palavras,
E no mundo novas promessas.
Viu Promessas de um mundo novo (e recomenda).
Poucos filmes (e se arrepende).
Muita música, teatro, dança (e se orgulha).
Sonhou besteiras nesse ano reto.
Apaixonou poemas, apaixonou.
Começou do zero, apressado.
Mas o mundo não o esperou e foi logo acontecer.
Aconteceu presidente, corrupção, morte, guerra, fome, futebol, doença, Rio, chuva, sol, astronomia, artes, crise, coisas de mundo do avesso.
Quando viu, estava na contra-mão.
E sonâmbulo, esqueceu-se de acontecer com o mundo.
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