sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Perdoe-me, poeta

Drummond, eu não segui teus conselhos
tão sábios de poeta gauche.
Não trabalhei palavras,
não retirei suas máscaras.

Portanto, perdoe-me!
Espremi as últimas gotas do poema,
libertando nus
uns pensamentos perdidos.

Drummond
, tua pedra agora está em meu caminho.
E, por não guardar três meses a escrita,
como havia me dito,
passei mesmo a repudiar o

eu-lírico.

2 comentários:

  1. Drummond há de te perdoar.
    Porque ficará acanhado ao ver uma obra de arte como este poema.

    Desculpe-me a intromissão. Mas é que vi um rostinho novo na janela de seguidores, e resolvi conferir. E não me arrependi. Excelentes textos. Você é uma artista nata!

    Agradeço por me seguir no blog,
    e agora acompanharei seus textos.

    Parabéns!
    Alex.

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  2. [dentro da palavra, há muito mundo, muita estrada, é muito caminho que se esqueceu de percorrer; não há facto que mais possa congratular a palavra que reencontrar a palavra perdida! - Quero crer...]

    um imenso e transtlântico abraço

    Leonardo B.

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